Em comunidades rurais da África, onde a eletricidade ainda é um privilégio para poucos, um grupo de mulheres está liderando uma transformação social e econômica sem precedentes.
Conhecidas porquê “Solar Mamas”, estas engenheiras solares sem instrução formal estão iluminando vilas e aldeias, enquanto rompem barreiras culturais profundamente enraizadas em suas sociedades.
A jornada de Dines, no Malawi
Dines Msampha, 42 anos, mãe solteira do Malawi, onde murado de 86% da população do não tem chegada à eletricidade, é um dos exemplos da transformação possibilitada pelo programa.
Abandonada pelo marido quando seu último fruto ainda era um bebê, viu sua renda mensal mais que flectir depois ser treinada porquê Solar Úbere.
Em um testemunho no site do programa, Dines relatou que, quando moço, sonhava em ser médica ou contadora, mas as limitações financeiras impediram sua instrução formal.
“Eu nunca tinha saído do Malawi antes. A intervalo mais longa que já tinha viajado era murado de 190 km de Lilongwe”, contou, sobre sua trajetória depois ser selecionada.
“Fiquei animada para fazer o curso porque nunca tinha visto mulheres engenheiras solares. E entusiasmada em pensar que uma mulher porquê eu poderia ser engenheira”
O impacto em sua vida foi súbito. Além de receber, à idade, um salário mensal de 10 milénio kwacha (aproximadamente R$ 65) pela manutenção dos sistemas solares que instalou na comunidade, ela pôde expandir seu negócio de fabricação de donuts – trabalhando depois o pôr do sol graças à iluminação solar.
A novidade situação econômica permitiu que pagasse as mensalidades escolares de seus dois filhos mais velhos, um tanto inimaginável antes do programa.
Uma vez que funciona o programa
O programa Solar Úbere nasceu na Índia em meados de 1997, proposto pelo ativista social e educador Bunker Roy. Desde logo, expandiu-se para 93 países, incluindo o próprio Malawi, Quênia, Tanzânia e outros países africanos.
O processo de seleção é rigoroso e focado em mulheres que normalmente seriam excluídas de oportunidades educacionais e profissionais.
As candidatas geralmente têm 35 anos ou mais, e são avaliadas pela liderança originário em suas comunidades e demonstrem poderoso comprometimento com o desenvolvimento lugar, ainda que possuam inferior nível de instrução formal.
A partir de logo, elas recebem um treinamento que pode insistir de três a seis meses, dependendo da localidade.
Em Zanzibar, por exemplo, as participantes passam por três meses de formação intensiva na unidade do Barefoot College em Kinyasini, com hospedagem incluída. No caso de Dines e outras mulheres do Malawi, a capacitação ocorreu na Índia, na sede do Barefoot College.
Durante o curso, as mulheres aprendem a erigir placas de circuíto, fazer fiação elétrica de lâmpadas solares, montar lanternas solares e realizar manutenção de sistemas solares domésticos.
Tudo feito manualmente, para ser verosímil nas comunidades humildes para o qual elas retornam ao término do treinamento.
Impacto global com resultados concretos
Em seguida completarem o programa, as Solar Mamas recebem kits solares dos governos locais ou organizações porquê a Voluntary Service Overseas (VSO).
Em Zanzibar, cada engenheira recebe 25 kits para instalação em residências de suas aldeias, incluindo suas próprias casas. E depois, cobram uma taxa mensal de manutenção (aproximadamente R$13 em Zanzibar) por cinco anos, criando assim um fluxo de renda sustentável.
Os resultados do programa revelam um alcance significativo e mensurável, para além da mobilidade social que proporciona para as famílias.
No Malawi e outros países africanos, as Solar Mamas já instalaram sistemas solares em centenas de residências rurais, transformando toda a veras energética dessas comunidades.
Em Zanzibar, desde 2015, o Barefoot College treinou 65 mulheres em engenharia solar, que por sua vez conectaram 1.858 casas em 29 aldeias à vigor elétrica, conforme relatórios de impacto.
Conexões e cooperação globais para expansão
Foi por meio de uma atuação colaborativa que o programa se expandiu por variados territórios africanos. Em Madagascar, nasceu da cooperação entre o WWF Madagascar e o Barefoot College International.
Iniciada em 2012, a parceria tinha duplo objetivo: enfrentar a grave crise de chegada à vigor no país, preservando porém os frágeis ecossistemas, particularmente na paisagem de Manambolo Tsiribihina, que abriga os maiores manguezais intactos do oeste da ilhota.
Foi logo que em Ambakivao, Madagascar, quatro mulheres conhecidas localmente porquê “avós solares” — Remeza, Kingeline, Yollande e Hanitra — trouxeram tecnologia solar para uma comunidade que, porquê tantas outras, dependia de lampiões a petróleo, com seus custosos impactos na saúde e no envolvente.
“Sempre usávamos lâmpadas cheias de petróleo, cuja fumaça adoecia nossas crianças e poluía o ar”, relatou Hanitra ao WWF. “Com essa tecnologia solar, humanos se sentem muito, e a natureza também.”
No arquipélago de Zanzibar, na Tanzânia, a história se repetiu com suas próprias nuances locais. Com somente metade dos quase dois milhões de habitantes tendo chegada à eletricidade, o programa treinou 65 mulheres desde 2015, que conectaram 1.858 casas em 29 aldeias à vigor solar.
A organização Barefoot College Zanzibar se estabeleceu porquê um núcleo regional que também treina mulheres do Malawi e da Somalilândia.
Escalabilidade e políticas públicas
O sucesso dos projetos piloto de Solar Mamas tem atraído a atenção governamental, impulsionando políticas públicas em graduação pátrio.
Em Madagascar, chamou a atenção do Ministério de Pujança e da pasta responsável pela população, que juntos lançaram o Programa Vernáculo do Barefoot College. A meta? Capacitar 744 engenheiras solares até 2030, beneficiando 630.000 domicílios em todo o país.
Desde 2019, um núcleo de treinamento operado pelo Barefoot lugar foi estabelecido em Tsiafajavona. E já formou mais de 90 engenheiras solares de 29 aldeias, proporcionando chegada à eletricidade para mais de 2.000 residências.
Em Madagascar, o currículo ainda foi ampliado. Para além da engenharia solar, incluiu capacitação em inclusão financeira, empreendedorismo e habilidades para a vida através do programa Enriche do Barefoot College.
Duas das primeiras formadas, as Solar Mamas Yollande e Hanitra, agora atuam porquê instrutoras principais no núcleo de treinamento de Tsiafajavona, supervisionando regularmente a formação de novas turmas.
Um padrão de capacitação entre pares, onde ex-alunas se tornam educadoras, garantindo a sustentabilidade do programa e fortalecendo o tino de propriedade lugar da iniciativa.
Transformações além da eletrificação
Estudos realizados por pesquisadores da Universidade Tecnológica de Chalmers, na Suécia, demonstraram que o programa promove transformações nas normas sociais. Conforme apontaram em uma das análises:
“Em comunidades onde as mulheres tradicionalmente são vistas somente porquê cuidadoras, as Solar Mamas são vistas porquê profissionais respeitadas e um padrão para as gerações mais jovens”
Os estudos explicam que as mulheres passam a ser consideradas “por suas capacidades porquê indivíduos conhecedores e competentes”, quebrando estigmas e rompendo com barreiras sociais, ao mostrar que pessoas sem instrução formal podem se tornar especialistas.
O impacto econômico nas comunidades também é relevante. No Malawi, Elinati Pattison, 48 anos, pôde flectir a renda porquê modista pela possibilidade de trabalhar depois o pôr do sol. Enquanto Lines Nguluwe, outra moradora lugar, iniciou um negócio de carregamento de celulares em sua moradia, além de fabricar donuts antes do amanhecer.
Graças ao Solar Úbere, os filhos de Dines Msampha puderam frequentas a escola e fazer os deveres depois o por do sol, graças à iluminação solar. (VSO International/Divulgação)
No Quênia, depois receber treinamento, a Huruma Asili Women’s Group, cooperativa feminina lugar reconhecida pelas iniciativas para adaptação às mudanças climáticas, submeteu ao Agriculture Sector Development Support Programme, uma proposta para um secador solar modificado.
O equipamento, que utiliza vigor solar passiva para gerar um envolvente controlado que mantém temperaturas ideais e proteção contra elementos nocivos externos.
Permite assim, a desidratação de frutas e vegetais independentemente das oscilações climáticas – o que permitiu ao grupo vender maiores quantidades de frutas e vegetais secos nos mercados locais.
Os desafios para manter o programa aceso
Apesar do sucesso, o programa enfrenta agora desafios significativos, sobretudo em países porquê o Malawi e Zanzibar, onde somente murado de 10% da população tem chegada à eletricidade e a urgência de expansão é urgente.
Embora o padrão tenha se tornado sutentável, replicável e escalável, a disponibilidade de componentes solares, o financiamento contínuo e a garantia de que os sistemas instalados permaneçam funcionais a longo prazo são preocupações constantes.
O veste de o financiamento ser proporcionado sobretudo por doações e subsídios governamentais cria ciclos de incerteza que comprometem o planejamento a longo prazo. Outro ponto crítico é a infraestrutura precária em regiões remotas.
A logística de transporte, armazenamento de componentes e manutenção de equipamentos solares é severamente comprometida pelas redes viárias deficientes e escassez de cadeias de suprimentos confiáveis, mormente durante períodos de condições climáticas extremas que têm se intensificado com as mudanças climáticas.
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(A jornalista e influenciadora Maria Cândida abordou a Economia Prateada, ressaltando que o público 60+ movimenta mais de R$ 2 trilhões anuais globalmente. Para ela, a longevidade deve ser encarada porquê oportunidade e não porquê limitação.)
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(Um dos pontos altos do Delas Day foi o lançamento da Comboio Sebrae Delas, voltada à facilitação de crédito para mulheres.)
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(Mariana Rios emocionou a plateia ao falar sobre autoestima, resiliência e construção de identidade feminina no universo profissional.)
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(A empresária Ana Hickmann, referência no setor de tendência e formosura, compartilhou os desafios de gerir sua marca. Para ela, a liderança feminina exige estratégia, capacitação e planejamento, além de coragem para enfrentar obstáculos. )
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(Carol Paiffer, CEO da Atom S/A, abordou a relevância da independência financeira. Para a executiva, ter controle sobre o numerário é um passo decisivo para transformar vidas. )
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