Vendas recorrentes estão mudando a forma porquê os brasileiros consomem — e porquê as empresas vendem. A teoria é simples na teoria, mas poderosa na prática: transformar compras esporádicas em relacionamentos de longo prazo. Com o aumento da concorrência no e-commerce, a Rits aposta nas vendas recorrentes e clubes de assinatura para prometer receita previsível e fidelizar clientes. Uma vez que resultado, o negócio consegue ter uma receita previsível e diminuir a subordinação de anúncios pagos.
Segundo a Associação Brasileira de Negócio Eletrônico (ABComm), mais de 6 milénio empresas no país já operam com modelos de vendas recorrentes, movimentando um mercado estimado em R$ 1 bilhão por ano — e crescendo.
Para os negócios que oferecem o protótipo de assinaturas, se antes o foco era invadir novos clientes a cada campanha, agora a missão é outra: manter a fidelidade de quem já comprou, entregando valor mês posteriormente mês. De olho nesse nicho, a Rits, startup fundada em 2020 em Natal (RN), oferece uma plataforma para as marcas criarem seus próprios clubes de assinatura — sem depender de marketplaces.
A proposta da empresa é preservar a experiência de compra tradicional, mas com entregas programadas, descontos e um relacionamento contínuo com o cliente.
“A demanda por nossa solução cresce a cada dia. Empresas que viviam de vendas pontuais agora enxergam a recorrência porquê uma forma de prometer uma receita previsível e de fortalecer o relacionamento com os seus clientes”, afirma Aldo Costa, CEO da Rits.
A instrumento permite que o consumidor defina os itens desejados e a frequência do recebimento, enquanto a plataforma cuida da retaguarda: pagamentos, notícia e logística. A promessa é mitigar custos com mídia e fidelizar quem já está disposto a comprar.
A companhia está integrada às principais plataformas de e-commerce do país, porquê VTEX, Tray e Magazord, e pretende ampliar esse portfólio com a integração a outras três até o término do ano. Essa estratégia procura facilitar a adoção da solução por marcas que já utilizam esses sistemas, otimizando a operação e reduzindo barreiras técnicas.
“O consumidor quer facilidade. O varejista quer previsibilidade. O protótipo recorrente resolve os dois”, resume Costa.
Do protótipo ao resultado
A trajetória da Rits começou com um repto proposto por um gigante do mercado: o Grupo Farmacêutico. Contratada inicialmente porquê uma software house, a empresa foi responsável por desenvolver um protótipo de box de assinatura para a marca BeautyBox, que mais tarde seria incorporada à plataforma Formosura na Web.
O objetivo era oferecer produtos personalizados conforme as preferências de cada cliente. A inovação permitia aos usuários receberem mensalmente uma curadoria exclusiva de itens de venustidade, com base em seu perfil e hábitos de consumo.
O que era um projeto virou um resultado escalável — e que passou a ser adotado por outras marcas. No caso da Integralmedica, referência em suplementação esportiva, a empresa percebeu que muitos clientes repetiam a mesma compra todos os meses. Com a Rits, a plataforma automatizou o processo de compra, e passou a oferecer entregas recorrentes com descontos aos clientes. Tudo utilizando o mesmo envolvente online já espargido pelos usuários.
Resultado: a Integralmedica aumentou o seu tíquete médio, reduziu custos operacionais e gerou mais previsibilidade no caixa.
Assinaturas crescem, mas ainda exigem estrutura
De consonância com a Pesquisa de Assinaturas 2024, feita pela Opinion Box para a Vindi, 39% dos consumidores mantiveram qualquer tipo de assinatura no pós-pandemia. O oferecido revela a consolidação de um hábito que antes era restrito a nichos específicos, porquê mídia e serviços de streaming.
O protótipo recorrente oferece vantagens diretas ao varejo: melhora indicadores porquê o valor do cliente ao longo do tempo, aumenta a retenção e diminui o dispêndio de compra de novos clientes. Ainda assim, a operação exige integração entre áreas porquê marketing, logística e finanças.
Entre os principais desafios do protótipo estão a personalização da experiência, gestão de estoque e automação de cobranças. O sucesso da estratégia depende da capacidade das empresas em orquestrar essas frentes de forma eficiente.
Para o CEO da Rits, o potencial do protótipo de compras por assinatura ainda está longe de ser explorado totalmente. “O horizonte do e-commerce é recorrente. Na Rits, nossa missão é tornar esse protótipo atingível e vantajoso tanto para empresas quanto para consumidores. Estamos somente começando”, afirma.