Um achado arqueológico impressionante na costa de Taiwan revelou uma mandíbula humana com cerca de 190 mil anos

Invenção surpreende cientistas e amplia o entendimento sobre a multiplicidade de hominídeos antigos na Ásia

Uma mandíbula misteriosa invenção no fundo do mar, na costa de Taiwan, acaba de revelar um sigilo guardado por milhares de anos. Pesquisadores conseguiram identificar o fóssil uma vez que pertencente a um denisovano, parente extinto dos humanos e dos neandertais.

A revelação confirma que esse grupo arcaico estava espalhado por diferentes regiões da Ásia, incluindo locais onde até logo não havia registros desse tipo.

A invenção aconteceu no início dos anos 2000, quando um pescador encontrou a mandíbula no fundo do Meato de Penghu, a respeito de 25 quilômetros da costa oeste de Taiwan.

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O fóssil, chamado de Penghu 1, deixou os cientistas intrigados por mais de uma dezena. Eles não sabiam se pertencera a um Homo erectus, a um Homo sapiens arcaico ou a um denisovano.

Técnica moderna trouxe respostas precisas

Agora, um novo estudo trouxe respostas. A pesquisa foi publicada em 10 de abril na revista Science. Os cientistas usaram uma técnica avançada para identificar o fóssil: a paleoproteômica, que analisa proteínas antigas preservadas nos ossos.

Essa abordagem revelou que a mandíbula misteriosa, com dentes grandes, pertencia a um quidam do grupo denisovano. Outrossim, foi provável concluir que o fóssil era de um varão.

O estudo contou com a participação de Frido Welker, antropólogo molecular da Universidade de Copenhague, e de uma equipe internacional.

Segundo Welker, essa mesma técnica poderá ser aplicada em outros fósseis de hominídeos para identificar se eles são denisovanos, neandertais ou pertencem a outras populações humanas antigas.

Denisovanos: raros, mas espalhados pela Ásia

A prestígio do encontrado está no vestimenta de que fósseis de denisovanos são extremamente raros. Dissemelhante dos neandertais, que deixaram muitos sobras espalhados pela Europa e Ásia Ocidental, os denisovanos são conhecidos principalmente por meio de DNA encontrado em poucos ossos. A maioria dos fósseis desse grupo vinha até agora da Caverna Denisova, na Sibéria.

Por isso, a mandíbula de Penghu 1 é uma peça fundamental para entender onde viviam esses hominídeos. Ela mostra que os denisovanos não estavam restritos a regiões frias. Eles também habitavam áreas quentes e úmidas, uma vez que Taiwan.

Mandíbula misteriosa: data incerta, mas pistas valiosas

Apesar do progresso, uma limitação importante do estudo é a dificuldade em datar o fóssil com precisão. O osso ficou muito tempo encharcado, o que impediu a emprego de métodos tradicionais, uma vez que a datação por carbono-14 ou por urânio. Tentativas de extrair DNA também não funcionaram.

Mesmo assim, os cientistas encontraram ossos de animais com a mandíbula. Esses ossos indicam duas possíveis faixas etárias para o fóssil: entre 10.000 e 70.000 anos detrás ou entre 130.000 e 190.000 anos.

Se a mandíbula pertencer ao período mais recente, pode ser o fóssil denisovano mais jovem já encontrado. O mais novo até hoje vinha do Planalto Tibetano e tinha tapume de 40.000 anos.

Próximos passos na procura por ancestrais

A antropóloga Sheela Athreya, da Universidade Texas A&M, que não participou do estudo, comentou os resultados. Segundo ela, esse encontrado confirma o que já se suspeitava: hominídeos estavam presentes em diversas partes da Eurásia oriental durante o Pleistoceno.

Os pesquisadores também observaram uma diferença marcante entre os grupos humanos que viveram naquela idade. Enquanto os neandertais tinham mandíbulas altas e graciosas com dentes pequenos, os denisovanos tinham mandíbulas mais baixas e robustas, com dentes grandes.

Essa multiplicidade ajuda a entender melhor uma vez que o gênero Homo evoluiu. A identificação de Penghu 1 uma vez que denisovano amplia o conhecimento sobre a distribuição e as características desses grupos antigos.

Agora, os cientistas querem utilizar a paleoproteômica em outros fósseis semelhantes. O objetivo é identificar novos vestígios de denisovanos e outros hominídeos em regiões da Ásia que ainda não foram totalmente exploradas.

Segundo Athreya, o progresso dessa técnica abre novas possibilidades. “Podemos fazer muito mais com fósseis até logo sem comprovação encontrados em canais e leitos de rios na Ásia”, afirmou.

A mandíbula misteriosa de Penghu 1, depois de décadas de incertezas, se torna uma peça-chave na procura por respostas sobre o pretérito humano.

Com informações de Science Alert.

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