Publicado em
25/04/2025 às 17:05
Tensão entre Índia e Paquistão se agrava; ONU pede contenção urgente para evitar escalada em uma das regiões mais militarizadas e instáveis do mundo.
Soldados da Índia e do Paquistão trocaram tiros nesta quinta-feira, 24, na região da Caxemira, aumentando a tensão entre os dois vizinhos em um dos momentos mais delicados dos últimos anos. O incidente ocorre em seguida um ataque “terrorista” que matou pelo menos 26 turistas no lado indiano da Caxemira, reacendendo a instabilidade em uma das zonas mais militarizadas do mundo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo para que Índia e Paquistão exerçam “máxima contenção” e resolvam suas diferenças por meio do diálogo. “Apelamos veementemente a ambos os governos para que exerçam a máxima contenção e garantam que a situação e os desenvolvimentos que vimos não se deteriorem ainda mais”, afirmou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, em coletiva de prelo.
Ataque a turistas amplia tensão na Caxemira
O ataque ocorreu na terça-feira, 22, quando militantes abriram lume contra um grupo de turistas que retornava do Vale Baisaran, em Pahalgam, no lado da Caxemira controlado pela Índia. Um grupo que se autodenomina “Resistência da Caxemira” assumiu a autoria da ação. A polícia indiana acredita que o grupo esteja ligado ao Lashkar-e-Taiba, organização classificada uma vez que terrorista por Novidade Délhi.
Em resposta ao ataque, o governo da Índia endureceu suas políticas contra o Paquistão. Entre as medidas adotadas estão o fechamento da fronteira terrestre, a suspensão de um tratado de compartilhamento de águas, que afeta diretamente a lavra paquistanesa, e a proibição da ingresso de cidadãos paquistaneses em território indiano.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, prometeu uma resposta firme. “Identificaremos, rastrearemos e puniremos todos os terroristas e seus apoiadores. Nós os perseguiremos até os confins da Terreno”, afirmou Modi.
Troca de tiros e operação de procura
De concordância com oficiais do Tropa da Índia, soldados paquistaneses dispararam armas de pequeno porte contra um destacamento indiano na região do vale de Leepa. Segundo as autoridades, as forças indianas retaliaram, mas não houve registro de vítimas. O governo do Paquistão confirmou a troca de tiros e informou que a vida social na região segue normal, com escolas abertas e atividades em funcionamento.
Enquanto isso, o Tropa indiano iniciou uma operação de “procura e ruína” para localizar três suspeitos envolvidos no ataque — um cidadão indiano e dois paquistaneses. A ofensiva inclui a utilização de drones de vigilância e o reforço do transitivo militar no Vale Baisaran.
As autoridades também demoliram as casas de dois supostos militantes ligados ao ataque e divulgaram retratos falados dos suspeitos, oferecendo uma recompensa de 2 milhões de rúpias (muro de R$ 133,4 milénio) por informações que levem à conquista.
Disputa histórica pela Caxemira
A Caxemira é uma região de possante disputa entre Índia e Paquistão desde a repartição do território no momento da independência da Índia, em 1947. Os dois países, ambos dotados de armas nucleares, controlam partes da região, mas reivindicam o território em sua totalidade. Desde 1989, a superfície é palco de uma insurgência contra o governo indiano, que resultou em dezenas de milhares de mortes.
Em meio a esse histórico de conflitos, ataques de militantes e escaramuças militares são comuns. No entanto, o ataque recente a turistas e a possante resposta do governo indiano marcam uma novidade escalada, que preocupa a comunidade internacional.
A ONU reforçou que “quaisquer questões entre o Paquistão e a Índia podem e devem ser resolvidas pacificamente por meio de um envolvimento reciprocamente significativo”, destacando o risco de agravamento da situação, oferecido o histórico de confrontos e a presença de armas nucleares na região.
Consequências regionais e preocupação internacional
A decisão da Índia de suspender o tratado de compartilhamento de águas pode ter efeitos duradouros sobre a lavra e a economia do Paquistão, que depende em grande segmento dos rios que nascem na Caxemira. O governo paquistanês criticou as medidas, classificando-as uma vez que tentativas “frívolas” de atrelar Islamabad ao ataque, negando qualquer envolvimento.
O cenário atual adiciona mais tensão a uma relação já instável entre os dois países, em um momento em que o mundo acompanha atentamente os desdobramentos de conflitos regionais em outras partes do orbe. A ONU, assim uma vez que diversas potências internacionais, alertou para a premência de diálogo inopino para evitar uma deterioração ainda maior na segurança do sul da Ásia.
A expectativa agora é de que esforços diplomáticos possam evitar uma escalada militar mais ampla, preservando a firmeza em uma região que historicamente já sofreu as consequências de conflitos prolongados.
Manancial: Veja