Telegram prenúncio trespassar da França em resposta à pressão do governo para produzir backdoors que comprometeriam a privacidade dos usuários
O conflito entre as autoridades francesas e as plataformas de mensagens criptografadas ganhou força nesta semana. Pavel Durov, fundador do Telegram, anunciou na terça-feira que o aplicativo pode deixar o mercado francesismo. A decisão seria tomada caso o governo insista em exigir a geração de backdoors no serviço.
Uma resposta direta a pedidos do governo
Em mensagem enviada à comunidade, Durov foi decisivo: “permitir que a polícia acesse conversas privadas sem notificar os usuários está fora de questão. O Telegram prefere se retirar da França do que comprometer a criptografia e violar direitos humanos fundamentais“, afirmou.
A enunciação veio depois comentários do Prefeito de Polícia de Paris, Laurent Nuñez. Na semana passada, Nuñez afirmou que o Telegram havia se tornado o principal meio de informação entre traficantes de drogas. Por isso, defendeu uma colaboração mais intensa entre a plataforma e os serviços de perceptibilidade franceses.
As autoridades querem que o Telegram crie acessos ocultos. A proposta permitiria que mensagens privadas fossem lidas em investigações judiciais. Mesmo já fornecendo dados uma vez que IPs e números de telefone em alguns casos, a empresa se recusa a transfixar o teor das mensagens criptografadas.
Riscos de segurança apontados pelo Telegram
Para Durov, produzir um backdoor, mesmo que somente para investigações, colocaria em risco todo o ecossistema de segurança da plataforma. Um ponto de entrada, segundo ele, não ficaria restrito às autoridades francesas. Hackers, estados estrangeiros e cibercriminosos também poderiam explorá-lo.
O CEO enfatizou que a medida prejudicaria a privacidade de cidadãos cumpridores da lei. “Uma vez implementado, um backdoor pode ser explorado por outras entidades”, alertou Durov. Ele também destacou que empresas uma vez que a Apple compartilham dessa preocupação com a segurança.
Durov ainda argumentou que a geração de brechas não atingiria seu objetivo. De conciliação com ele, criminosos organizados migrariam rapidamente para plataformas menores ou usariam VPNs para criptografar suas redes. Assim, as investigações se tornariam ainda mais difíceis para as autoridades.
Criptografia em debate na Europa
O caso francesismo ocorre em meio a um debate mais vasto em toda a Europa. Em março de 2025, uma emenda à legislação antidrogas propôs a obrigatoriedade de backdoors em serviços uma vez que Signal, WhatsApp e Telegram. Embora a proposta tenha sido rejeitada pela Tertúlia Pátrio, ela já havia pretérito pelo Senado.
Segundo Durov, a França quase proibiu a criptografia no país no mês pretérito. A proposta foi rejeitada pouco antes de sua aprovação definitiva, o que, segundo ele, evitou um cenário perigoso para a privacidade dos cidadãos.
Enquanto isso, em Bruxelas, a Percentagem Europeia anunciou no dia 1º de abril o lançamento de um projecto de ação sobre criptografia. O objetivo é desenvolver uma solução que equilibre segurança pública e proteção de dados pessoais. Um roteiro deve ser apresentado até 2026.
Telegram mantém posição firme
Para o Telegram, a privacidade de seus usuários é inegociável. Com mais de 800 milhões de usuários no mundo, a plataforma reitera que deixará o mercado francesismo caso seus princípios sejam comprometidos. O desfecho deste embate pode simbolizar um divisor de águas para o porvir da criptografia na Europa.
Com informações de Jason Deegan.