Capim criado no Brasil se destaca como nova fonte eficaz de energia renovável

Publicado em
29/04/2025 às 07:14

A cultivar de capim-elefante BRS Capiaçu, desenvolvida pela Embrapa para a pecuária leiteira, começa a lucrar destaque em outras áreas. Dez anos depois seu lançamento, a vegetal se consolida uma vez que uma opção promissora para a geração de energia renovável. Seu potencial técnico e econômico labareda a atenção da indústria, principalmente em setores uma vez que o cimenteiro e a bioenergia.

Produtividade supra da média

A vegetal consegue produzir muro de 50 toneladas de material seca por hectare ao ano. Esse volume é 30% maior do que o de outras cultivares disponíveis no mercado.

A elevada produtividade motivou uma parceria entre a Embrapa e a Ciplan/AS. Juntas, as instituições desenvolveram um protótipo teórico para uso da biomassa do capim em altos-fornos.

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Vontade competitiva com combustíveis fósseis

Segundo o pesquisador Juarez Campolina Machado, o poder calorífico da BRS Capiaçu é competitivo em relação a combustíveis fósseis, uma vez que o coque de petróleo. Essa particularidade abre novas possibilidades para o setor industrial, que procura fontes de vigor renovável mais sustentáveis e econômicas.

Samuel Oliveira, também da Embrapa, afirma que os testes iniciais indicam viabilidade técnica e econômica do capim para o setor cimenteiro. Aliás, a BRS Capiaçu é níveo de novos estudos que investigam seu uso na produção de biogás, biometano e etanol de segunda geração.

Projeto Biograss testa novas aplicações

Entre as iniciativas em curso, destaca-se o projeto Biograss. Realizado em parceria com o Juízo Vernáculo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a empresa Bioköhler, o projeto testa a codigestão de sorgo e capim-elefante com resíduos da produção bicho. Os experimentos ocorrem em Toledo, no Paraná.

Interesse crescente no mercado de biocombustíveis

A subida produtividade da BRS Capiaçu também desperta interesse no mercado de etanol de segunda geração. Segundo Juarez Campolina Machado, a cultivar é vantajosa por seu ciclo pequeno e subida produção de biomassa, características essenciais para a fabricação de biocombustíveis a partir de fibras vegetais.

Na pecuária leiteira, extensão onde a BRS Capiaçu foi inicialmente pensada, a vegetal se destacou pela produção de silagem de qualidade a custos reduzidos. Antônio Vander Pereira explica que o dispêndio da silagem de milho ou sorgo pode ser até três vezes maior que o do capim.

A BRS Capiaçu ultrapassa quatro metros de fundura e possui sobranceiro valor nutricional, principalmente quando utilizada uma vez que capim virente. Ela também apresenta tolerância ao estresse hídrico e à geada, mas tem baixa resistência a áreas alagadas, exigindo planejamento para o cultivo.

Experiência de campo confirma benefícios

O produtor Victor Ventura, de Santo Antônio do Aventureiro, Minas Gerais, utiliza a vegetal na alimento de 300 vacas leiteiras. Ele relata subida produtividade e redução de custos, considerando a cultivar um “divisor de águas” no sistema de produção.

Resultado de 15 anos de pesquisa e melhoramento genético da Embrapa, a BRS Capiaçu já é cultivada de Setentrião a Sul do Brasil, reforçando o papel das soluções agrícolas sustentáveis na geração de renda e preservação ambiental.

Com informações de Meio Rústico.

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