
Publicado em
30/04/2025 às 06:55
Um ano depois as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, R$ 6,5 bilhões seguem parados, sem previsão de início das obras prometidas para moderar novas tragédias
Um ano depois da enchente que deixou 184 mortos e 25 desaparecidos no Rio Grande do Sul, os projetos para evitar novas tragédias ainda não saíram do papel. O Fundo de Espeque à Infraestrutura para Eventos Climáticos Extremos (Firece), criado pelo governo federalista, tem R$ 6,5 bilhões disponíveis. Mas as obras seguem sem data para estrear.
Os recursos estão em conta vinculada à Caixa Econômica Federalista. A verba deve ser usada para construção e recuperação de diques, casas de bombas, drenagem e desassoreamento de rios.
A responsabilidade pela realização era inicialmente dos municípios, mas passou ao governo estadual depois pedido do governador Eduardo Leite ao presidente Lula.
Segundo a Escritório Brasil, a mudança de gestão e a urgência de atualizar os projetos atrasaram o processo. Leite afirmou que os estudos já estavam em curso antes da tragédia.
No entanto, a dimensão das enchentes exigiu revisão completa das propostas. Agora, elas passam por readequação técnica. Não há previsão para o término dessa lanço.
Entre as obras consideradas prioritárias estão um novo dique em Eldorado do Sul e intervenções na bacia do Arroio Feijó, que abrange áreas entre Porto Feliz e Alvorada.
Prefeitos da Região Metropolitana cobram desembaraço. Em Porto Feliz, o prefeito Sebastião Melo afirma que há R$ 700 milhões em projetos aguardando liberação.
Já em Canoas, o prefeito Airton Souza demonstra preocupação com a lentidão. A cidade teve mais da metade da superfície urbana inundada em 2023. Segundo ele, há o risco de os recursos permanecerem parados enquanto novas tragédias seguem possíveis. Até agora, nenhuma das obras foi iniciada, e não há um cronograma solene divulgado.
Com informações de O Localista.