
Publicado em
26/04/2025 às 17:46
Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unificado, França e Índia gastaram rios de verba para substanciar suas capacidades defensivas com submarinos nucleares de última geração. Projetados para operar despercebidos, esses navios agora enfrentam um novo repto: o progressão da perceptibilidade sintético (IA).
Os submarinos modernos possuem tecnologias para reduzir a assinatura acústica. Motores nucleares permitem longos períodos submersos, dificultando a detecção. Aliás, materiais especiais ajudam a evitar a localização subaquática.
O USS IDAHO, novo submarino da classe Virginia dos EUA, é um exemplo. Seu casco é revestido com painéis de borracha anecóica, que absorvem ou distorcem sinais captados por sonares.
No entanto, pesquisadores da Universidade Pátrio Australiana alertam que a situação pode mudar. Eles sugerem que os submarinos podem seguir o caminho dos antigos navios de guerra, cujas vantagens diminuíram em seguida a Segunda Guerra Mundial.
No pretérito, navios dominaram o cenário marítimo. Porém, a chegada de embarcações mais baratas e eficientes reduziu seu papel estratégico. Agora, os submarinos, considerados quase “indetectáveis”, podem seguir o mesmo rumo caso novas tecnologias consigam localizá-los.
Especialistas apontam que, até 2050, submarinos, inclusive os movidos a vigor nuclear, poderão ser detectados nos oceanos. O IEEE Spectrum destaca que redes de sensores cada vez mais sofisticadas estão reduzindo a furtividade subaquática.
A perceptibilidade sintético surge uma vez que peça-chave nesse processo. A tecnologia consegue investigar grandes volumes de dados de maneira rápida e eficiente. Assim, consegue identificar padrões que poderiam passar despercebidos por analistas humanos.
Esse cenário coloca pressão sobre as forças armadas que apostam nesse tipo de embarcação. Prometer a eficiência dos submarinos nucleares no horizonte dependerá da capacidade de adaptação frente aos novos desafios tecnológicos.
A incerteza que permanece é se os países conseguirão preservar a vantagem estratégica dos submarinos diante das mudanças impulsionadas pela perceptibilidade sintético.
Com informações de Xataka.