Em meio a crescentes tensões territoriais no disputado Mar do Sul da China, Indonésia e China reafirmaram seu compromisso com a cooperação marítima, com foco em segurança, infraestrutura e desenvolvimento regional.
O tratado foi selado durante uma reunião de cocuruto nível em Pequim, evidenciando os esforços das duas nações para manter a firmeza regional, mesmo diante de desconfianças em torno da atuação chinesa nas proximidades das Ilhas Natuna.
Cooperação marítima e presença militar indonésia cresce em resposta à China
Durante o encontro, foi firmado um memorando de entendimento entre as guardas costeiras da Indonésia e da China.
O documento procura fortalecer ações conjuntas de segurança no mar, com ênfase na emprego da lei e na proteção das zonas econômicas exclusivas.
O ministro chinês Wang Yi destacou que a manutenção da silêncio e da firmeza no Mar do Sul da China está alinhada com os interesses de todas as partes.
Embora não tenham citado diretamente as Ilhas Natuna, localizadas dentro da zona econômica exclusiva da Indonésia e frequentemente alvo de patrulhas chinesas, o subtexto da reunião foi simples: a espaço continua sendo um ponto sensível e potencialmente explosivo nas relações bilaterais.
Nos últimos anos, Jacarta tem intensificado sua vigilância marítima, com patrulhas frequentes e aumento da presença militar na região das Natuna.
Em diversas ocasiões, embarcações de pesca chinesas, escoltadas por navios da guarda costeira, foram flagradas operando ilegalmente nas águas indonésias. A resposta de Jacarta tem sido firme, incluindo a inquietação de navios e o reforço da fiscalização.
O posicionamento assertivo da Indonésia ocorre apesar de o país não ser um dos protagonistas das disputas territoriais mais amplas no Mar do Sul da China, que envolvem outras seis nações.
Ainda assim, o governo indonésio permanece vigilante diante do que considera tentativas de Pequim de ampliar sua influência em áreas de jurisdição indonésia.
Economia em expansão: China lidera investimentos na Indonésia
Apesar das tensões marítimas, os laços econômicos entre China e Indonésia seguem em incremento depressa. Pequim consolidou-se porquê o maior parceiro mercantil e principal investidor direto estrangeiro em Jacarta.
Projetos de grande graduação, porquê a ferrovia de subida velocidade Jacarta-Bandung e a usina solar flutuante de Cirata, são financiados por capital chinês.
A Indonésia também tem se mostrado receptiva à iniciativa “Uma Tira, Uma Rota” promovida pela China, embora alguns projetos enfrentem críticas quanto a custos elevados e prazos de entrega.
Ainda assim, os ganhos em infraestrutura e conectividade têm fortalecido os laços entre os dois países.
Parceria em segurança regional e combate ao delito transnacional
Além da cooperação marítima, os ministros acordaram em ampliar o diálogo em resguardo e segurança.
Estão previstos exercícios conjuntos de combate ao terrorismo ainda leste ano, com foco no enfrentamento de ameaças cibernéticas, extremismo violento e crimes transnacionais, que têm afetado diretamente a população social.
“Concordamos também em manter-nos unidos contra o terrorismo, o extremismo violento e as ameaças cibernéticas. Partilhamos a preocupação com a ameaço do delito transnacional na região, que visa cada vez mais os nossos cidadãos”, declarou o chanceler indonésio, Sugiono, ao lado de seu homólogo chinês.
Mar do Sul da China é um repto contínuo
A abordagem da China para o Mar do Sul da China tem sido de diálogo bilateral com cada país envolvido, o que especialistas veem porquê uma tentativa de evitar a formação de alianças regionais contra Pequim.
Paralelamente, a China tem revertido compromissos anteriores, porquê o de não militarizar as ilhas artificiais que controla.
A situação torna-se ainda mais complexa quando se considera a recente aproximação entre Indonésia e França, que anunciaram uma iniciativa conjunta de segurança marítima para o Indo-Pacífico. A medida é vista porquê uma resposta ao aumento da atividade chinesa na região.
Caminho incerto, mas cooperativo
Apesar dos pontos de atrito, Indonésia e China continuam a apostar no diálogo e na colaboração porquê caminhos para solidar uma parceria estratégica de longo prazo.
A segurança no Mar do Sul da China permanece porquê um tema quebrável, mas ambos os países demonstram disposição para enfrentar os desafios por meio da diplomacia e do reforço institucional.
A escalada de tensões, no entanto, exige atenção permanente — tanto da comunidade internacional quanto dos próprios líderes regionais — para prometer que os avanços econômicos não sejam ofuscados por disputas geopolíticas mal resolvidas.
Com informações do EuroNews