Motorista da Uber denuncia: empresa encaminha a corrida para quem aceita receber menos e não para quem aceita primeiro

Plataforma não prioriza mais quem aceita a corrida primeiro, mas sim quem aceita o menor valor! A política de tarifas dinâmicas deixou os ganhos imprevisíveis, frustrando os trabalhadores. Entenda uma vez que essa mudança está impactando a rotina e o bolso dos motoristas de aplicativo.

A política tarifária da Uber tem sido intuito de críticas de motoristas que se sentem prejudicados com as mudanças na forma de pagamento das corridas.

Segundo Cláudio Sena, motorista de aplicativo desde 2016, em item publicado no portal 55Content, a empresa prioriza aqueles que aceitam trabalhar por menos, e não os que aceitam primeiro.

Essa estratégia tem causado grande insatisfação entre os condutores, que relatam queda na previsibilidade dos ganhos e dificuldades em manter uma renda seguro.

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Uber e a política de preços variáveis

Nos últimos anos, a Uber alterou seu sistema de repasse para os motoristas. Antes, o condutor ficava com 75% do valor da corrida, e essa porcentagem era previsível.

Agora, o preço pode variar significativamente, tornando-se uma verdadeira loteria para quem depende do serviço para sustentar a família.

“Você pode fazer uma viagem do ponto A ao ponto B hoje e lucrar um valor X, mas amanhã essa mesma viagem pode render X² ou, na maioria das vezes, menos do que X”, explica Sena.

O problema se intensifica porque os motoristas entram na pista esperando um retorno justo pelo trabalho, mas acabam frustrados quando percebem que as tarifas são instáveis e muitas vezes não cobrem os custos do dia a dia.

Isso tem levado muitos a abandonarem o aplicativo ou a reduzirem suas jornadas, priorizando horários de maior demanda.

Uma vez que a Uber define os preços?

De entendimento com a empresa, a variação das tarifas leva em conta fatores uma vez que a quantidade de passageiros solicitando viagens, o número de motoristas disponíveis e outros elementos que não são divulgados.

Na prática, isso significa que o motorista nunca sabe exatamente quanto vai lucrar em uma determinada viagem, tornando a previsibilidade quase impossível.

“É um jogo de sorte. Você pode transpor para rodar e pegar boas tarifas ou passar o dia inteiro fazendo corridas de ordinário valor”, afirma Sena.

Outro fator que influencia diretamente nos ganhos dos motoristas é o chamado “radar de viagens”. Esse sistema permite que diferentes condutores visualizem valores variados para a mesma corrida.

“No inDrive, por exemplo, o passageiro define um preço e todos os motoristas veem o mesmo valor. Mas, na Uber, cada motorista vê um preço dissemelhante, e a corrida é encaminhada para quem aceita o menor valor primeiro“, denuncia Sena.

Estratégias para driblar o sistema

Diante desse cenário, os motoristas têm buscado alternativas para minimizar as perdas financeiras.

Alguns simplesmente desligam o aplicativo e procuram outras formas de renda quando os preços estão baixos.

Outros insistem na pista, mesmo com tarifas pouco atrativas, na esperança de conseguir corridas mais vantajosas ao longo do dia.

“Tem também aqueles que eu chamo de ‘aspiradores de pó’. Eles aceitam qualquer corrida que aparece, sem julgar se realmente vale a pena. Mas, no final do dia, muitos percebem que rodaram muito e lucraram pouco”, diz Sena.

Segundo ele, a melhor estratégia é calcular antes de admitir uma corrida, evitando prejuízos e desgaste desnecessário.

O impacto para os passageiros

As mudanças na precificação das corridas não afetam somente os motoristas. Os passageiros também sentem os efeitos dessa política, principalmente em momentos de subida demanda.

Uma vez que muitos condutores recusam viagens de ordinário valor, o tempo de espera aumenta e as tarifas podem subir devido à escassez de motoristas disponíveis.

Diante desse impasse, os motoristas seguem pressionando a Uber por mais transparência e melhores condições de trabalho.

Até o momento, porém, a empresa não demonstrou interesse em voltar ao padrão anterior, mais previsível e justo para os condutores.

Você já percebeu essas mudanças ao usar aplicativos de transporte? Uma vez que acha que isso afeta a qualidade do serviço? Deixe sua opinião nos comentários!

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