No caos constante e sob risco: por que esse país, apontado como um dos mais perigosos, atrai mais de 100 mil turistas por ano

Instável desde a queda de Gaddafi, a Líbia enfrenta conflitos armados, milícias e terrorismo, mas ainda atrai visitantes fascinados por sua legado histórica e paisagens únicas

A Líbia é hoje um dos destinos mais perigosos do planeta para turistas. Desde a queda de Muammar Gaddafi, em 2011, o país não conseguiu retomar a firmeza. O que era para ser uma transição democrática acabou mergulhando a pátria em uma crise política e social que dura até hoje.

Conflitos sem termo

Gaddafi foi derrubado com esteio da OTAN. Desde portanto, facções rivais disputam o poder, de leste a oeste. A escassez de um controle concentrado fez surgir milícias armadas, grupos extremistas e até o progresso do ISIS em algumas regiões.

A situação é tão sátira que diversos países classificam a Líbia uma vez que um tramontana inseguro. O Departamento de Estado dos EUA emitiu alerta de Nível 4, o mais sobranceiro, desaconselhando qualquer tipo de visitante.

— ARTIGO CONTINUA ABAIXO —

As razões são claras: ameaças de terrorismo, crimes, sequestros, minas terrestres e distúrbios civis. O Reino Unificado também alerta para o risco de a segurança “se aumentar sem aviso”.

O atual primeiro-ministro, Abdul Hamid al-Dabaib, tenta governar em meio ao caos. Mas a instabilidade continua. Não há uma solução política clara no horizonte. A violência ainda domina várias regiões. E para quem viaja até lá, o risco de estar em meio a um confronto é real.

Turismo no caos

Mesmo com todos esses perigos, muro de 100 milénio turistas visitam a Líbia todos os anos. É o chamado “turismo de transe”. Pessoas que buscam experiências extremas em locais onde poucos se atrevem a pisar.

A principal motivação: a legado histórica do país. A Líbia guarda algumas das mais impressionantes ruínas do Predomínio Romano fora da Europa.

Ruínas que resistem

Leptis Magna é um exemplo. Fundada no século VII a.C., tornou-se uma das cidades mais ricas do Predomínio, mormente sob o governo do imperador Septímio Severo. Hoje, as ruínas conservam o teatro com capacidade para mais de 5 milénio pessoas, o Roda de Septímio e o grande fórum.

Sabratha, outra joia do pretérito, está à extremo do Mediterrâneo. Fundada por fenícios e depois dominada por romanos, foi um ponto vital do transacção africano. Lá, o Teatro de Sabratha e o Templo de Juno Caelestis atraem visitantes por sua venustidade e influência histórica.

A cidade também guarda mosaicos e monumentos que mostram a mistura das culturas púnica, africana e romana.

Oásis e deserto

A Líbia também impressiona com suas paisagens naturais. O deserto do Saara ocupa grande secção do território e oferece atrações uma vez que dunas e oásis. Em Germa, por exemplo, os turistas podem ver vestígios dos antigos Reinos de Fezzan, que prosperaram naquela região árida.

Os oásis de Ghadames e Kufra são outro destaque. Eles contam a história de civilizações que habitaram o deserto há milênios e deixaram marcas que ainda encantam quem se proeza por lá.

Pretérito grandioso, presente incerto

Mesmo em meio ao caos, a Líbia guarda riquezas arqueológicas e culturais inestimáveis. O repto é que essas joias convivem com uma verdade perigosa e instável. O turismo sobrevive, mas sempre à sombra de alertas e riscos extremos. A história continua viva, mas o horizonte segue incerto.

Com informações de Aventuras na História.

Source link

Scroll to Top