Trump impõe tarifa e prenúncio produtos brasileiros, mas o etanol da poderosa Ribeirão Preto resiste!
Apesar da novidade taxação de 10% nos EUA, o biocombustível virente e limpo produzido em São Paulo segue firme, graças à sua vantagem ambiental. Brasil mira novos mercados porquê Japão e Coreia do Sul para driblar pressões e expandir ainda mais sua liderança energética.
A recente decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 10% sobre produtos importados do Brasil gerou dúvidas sobre os impactos dessa medida em diferentes setores da economia pátrio.
Com destaque para a produção de etanol, mormente na região de Ribeirão Preto, uma das mais relevantes do país no setor sucroalcooleiro, especialistas analisam se a taxação afeta diretamente a competitividade e as exportações do biocombustível.
Segundo fontes do setor agroindustrial e econômico, o impacto sobre o etanol brasílico, ao menos neste primeiro momento, tende a ser restringido.
Isso porque a quantidade exportada aos Estados Unidos representa uma fração muito pequena da produção pátrio.
Ainda assim, o tema reacende debates sobre relações comerciais, acordos bilaterais e alternativas para o mercado internacional do etanol.
Ribeirão Preto: gigante na produção de etanol
A região de Ribeirão Preto, localizada no interno de São Paulo, é uma das principais áreas produtoras de cana-de-açúcar do Brasil.
O estado de São Paulo concentra mais de 50% da produção pátrio, e aproximadamente um terço dessa produção se encontra na região ribeirão-pretana.
Essa riqueza de matéria-prima faz com que Ribeirão Preto seja considerada um polo estratégico na produção de etanol.
As usinas da região estão entre as mais tecnológicas do país, empregando milhares de trabalhadores e movimentando a economia sítio com força.
Um exemplo é a usina de Pitangueiras, comandada por Antônio Eduardo Tonielo Rebento, que administra murado de 42 milénio hectares de cultivo.
Apesar da novidade tarifa imposta pelos Estados Unidos, Tonielo tranquiliza os produtores brasileiros.
Segundo ele, a medida não representa prenúncio imediata ao mercado de etanol pátrio, principalmente porque a maior segmento das exportações para os EUA vai para um estado muito específico: a Califórnia.
Etanol brasílico tem vantagem ambiental sobre o americano
A Califórnia tem leis rigorosas em relação à emissão de poluentes, o que faz com que o estado valorize combustíveis mais limpos.
Nesse contexto, o etanol brasílico ganha destaque por exprimir murado de três vezes menos gases de efeito estufa em sua produção, quando comparado ao etanol norte-americano.
Por isso, há um procuração californiano que exige a soma de etanol de menor impacto ambiental à gasolina.
“Esse etanol que é exportado para os EUA é um etanol só para a Califórnia (…), onde há um procuração em que a Califórnia é obrigada a misturar o etanol brasílico”, explica Tonielo.
Com a novidade tarifa, o etanol ficará mais custoso para os consumidores californianos, mas continuará sendo necessário devido às exigências ambientais locais.
Relação mercantil desigual
Segundo o consultor de agronegócio José Carlos de Lima Júnior, a medida adotada pelo governo americano tem porquê tecido de fundo uma tentativa de lastrar as relações tarifárias entre os países.
Atualmente, o Brasil aplica uma tarifa de 19% sobre o etanol importado dos EUA, enquanto os americanos, antes da novidade medida, cobravam somente 2,5% sobre o etanol brasílico.
Essa diferença motivou o aumento de impostos por segmento do governo dos EUA, com o objetivo de estabelecer o que consideram uma “reciprocidade tarifária”.
Apesar da decisão, o Brasil mantém uma relação mercantil deficitária com os Estados Unidos, ou seja, importa mais do que exporta.
Para especialistas, essa assimetria mercantil pode continuar influenciando futuras decisões tarifárias.
Outros setores podem sentir mais impacto
A novidade tarifa americana não afeta somente o etanol.
Produtos porquê moca, açúcar, celulose e suco de laranja estão entre os mais vulneráveis às mudanças nas políticas de importação.
De entendimento com o economista Maurílio Benite, da Fundace (Instalação para Pesquisa e Desenvolvimento da Governo, Contabilidade e Economia), o Brasil está entre os países menos impactados pela novidade política tarifária.
“Nós estamos no grupo dos menos afetados, a priori”, destaca Benite.
Havia rumores de que a taxa poderia chegar a 35%, o que não se concretizou.
No entanto, ele alerta para a premência de explorar com zelo a natureza de cada resultado afetado.
Alguns itens têm menor flexibilidade de substituição e, portanto, a demanda norte-americana não deve mudar muito. Outros, porém, podem ser facilmente substituídos por fornecedores de outros países.
Preço do etanol no Brasil deve se manter fixo
Mesmo se os Estados Unidos reduzirem significativamente as importações de etanol brasílico, não se espera um impacto direto sobre os preços praticados no mercado interno.
O motivo é que o volume exportado representa menos de 1,5% da produção pátrio, o que torna improvável a formação de uma sobre oferta capaz de pressionar o valor do litro nos postos de combustível.
“Partindo do pressuposto de que não há um novo mercado, o volume que ficará no mercado interno dificilmente criaria uma sobreoferta”, explica José Carlos de Lima Júnior.
Assim, o preço ao consumidor tende a permanecer fixo, ao menos a pequeno prazo.
Novos mercados podem fortalecer o etanol brasílico
Diante do cenário de aumento de tarifas por segmento dos Estados Unidos, o setor produtivo brasílico já mira novos mercados.
Países porquê Japão e Coreia do Sul demonstram crescente interesse pelo etanol brasílico, principalmente por suas qualidades ambientais.
Recentemente, o Japão aumentou de 5% para 10% a proporção obrigatória de etanol na formação da gasolina vendida no país.
Essa medida abre espaço para a ampliação das exportações brasileiras, mormente em um momento em que o mundo procura alternativas para reduzir a emissão de carbono.
“O Brasil pode ser uma peça-chave na descarbonização global, oferecendo um etanol mais sustentável”, destaca José Guilherme Nogueira, CEO da Orplana, entidade que representa mais de 12 milénio produtores de cana no Núcleo-Sul do Brasil.
A expectativa é que mais países adotem metas semelhantes às do Japão, o que pode transfixar novas frentes de exportação e solidificar o papel do Brasil porquê referência internacional no uso de biocombustíveis.
Peroração: impacto controlado e oportunidades em expansão
Apesar do pregão da taxação de 10% por segmento dos EUA, os efeitos sobre o mercado brasílico de etanol são, até o momento, limitados.
A relação mercantil com a Califórnia, baseada em critérios ambientais, deve se manter, ainda que com um dispêndio maior.
A procura por novos mercados e o foco na sustentabilidade fortalecem a posição do Brasil porquê um dos principais fornecedores globais de etanol.
Com uma produção robusta, reconhecimento internacional pela qualidade ambiental e a possibilidade de diversificação de mercados, o setor sucroalcooleiro brasílico parece prestes para enfrentar os desafios impostos pelas novas tarifas norte-americanas.