Um novo estudo aponta que testes nucleares subterrâneos podem ser ocultados se ocorrerem simultaneamente a terremotos

Publicado em
25/04/2025 às 14:28

Sobreposição de sinais sísmicos naturais e artificiais representa repto para monitoramento global de atividades nucleares clandestinas

Cientistas do Laboratório Pátrio de Los Alamos, nos Estados Unidos, divulgaram um estudo que aponta para uma possibilidade preocupante: explosões de testes nucleares subterrâneos poderiam ser escondidas sob o dissimulação de terremotos naturais.

A invenção sugere que a detecção de testes clandestinos pode ser mais desafiadora do que se imaginava anteriormente.

Revisão de conclusões anteriores

O novo estudo contrasta com uma estudo publicada em 2012. Naquele ano, especialistas concluíram que terremotos não conseguiriam encobrir os sinais deixados por explosões nucleares.

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No entanto, os dados mais recentes indicam que a sobreposição das formas de vaga de um terremoto e de uma explosão pode enganar até detectores digitais avançados.

O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT), assinado em 1996, procura proibir todas as explosões nucleares em qualquer envolvente. Para prometer a conformidade, um sistema internacional de monitoramento foi estabelecido para identificar explosões no subsolo, no ar e debaixo d’chuva. A novidade pesquisa, entretanto, levanta dúvidas sobre a eficiência dos métodos atuais em situações específicas.

Taxa de detecção cai em meio a tremores

O estudo dos cientistas de Los Alamos mostrou que a capacidade de um detector identificar uma explosão de 1,7 tonelada no subsolo despenca de 97% para somente 37% caso um terremoto ocorra a 250 quilômetros de intervalo em até 100 segundos em seguida a explosão.

Esse cenário evidencia o quanto eventos naturais podem atrapalhar a identificação de atividades nucleares clandestinas. Segundo os autores, a dificuldade se deve à mistura dos sinais sísmicos gerados por ambos os eventos, o que pode confundir os sistemas automáticos de detecção.

Outrossim, o efeito de mascaramento também impacta a detecção de terremotos menores e outros fenômenos sísmicos. Em testes realizados, a taxa de identificação de pequenos eventos caiu de 92% para somente 16% quando houve sobreposição de sinais.

Propostas para melhorar a identificação

Para enfrentar esse repto, os pesquisadores desenvolveram um método recíproco. Eles trabalharam com dados de explosões e sismos naturais registrados no Nevada National Security Site.

A estratégia consistiu em reduzir a amplitude das ondas de explosão para simular eventos menores e, em seguida, combinar esses sinais com formas de vaga de terremotos.

O objetivo foi verificar se os detectores conseguiriam enobrecer entre uma explosão real e um tremor procedente. Os resultados sugerem que ajustes nos algoritmos podem tornar a identificação mais precisa, mesmo em cenários de sobreposição.

Os cientistas destacaram que, apesar das dificuldades, a confirmação de uma explosão nuclear não se baseia somente nos sinais sísmicos. Outros fatores, porquê a presença de radionuclídeos na atmosfera, também são fundamentais para prescrever a ocorrência de testes.

Desafios permanecem

Embora seja improvável esconder totalmente um teste nuclear utilizando tremores de terreno porquê dissimulação, o estudo indica que essa tática poderia dificultar bastante o trabalho dos sistemas de monitoramento.

A novidade pesquisa oferece subsídios importantes para aprimorar as técnicas de detecção, reforçando a urgência de combinar múltiplas fontes de dados para prometer a precisão na identificação de explosões.

O estudo completo foi publicado no Journal of the Seismological Society of America, trazendo novos elementos para a discussão sobre segurança e controle de armamentos nucleares no cenário global.

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