Publicado em 17/04/2025 às 11:34
Estatal estuda furar concorrência para reativar unidades paralisadas desde 2023 e reduzir a sujeição externa do setor.
A Petrobras está avaliando lançar uma concorrência para contratar uma novidade empresa responsável por operar suas fábricas de fertilizantes na Bahia e em Sergipe. As unidades, atualmente arrendadas à Unigel, estão paradas desde 2023. O objetivo da Petrobras é retomar a produção de fertilizantes nitrogenados, fortalecendo a autonomia pátrio em um setor estratégico para o agronegócio.
O tema será discutido nesta quinta-feira (18) em reunião do novo conselho de governo da estatal, formado em seguida câmara universal de acionistas realizada esta semana.
Fábricas da Petrobras estão paradas desde 2023
As fábricas de fertilizantes da Petrobras na Bahia e em Sergipe foram arrendadas à Unigel em 2019 por um período de 10 anos. No entanto, ambas as unidades interromperam as operações em 2023. A Unigel alegou que os altos custos do gás originário inviabilizavam a produção.
Diante da paralisação, o governo federalista pressiona a estatal para reativar as vegetais e prometer a segurança da cárcere de insumos agrícolas. O Brasil importa tapume de 85% dos fertilizantes que consome, o que representa risco à sua competitividade no agronegócio.
Petrobras quer ampliar oferta de fertilizantes nacionais
Ao calcular a retomada das fábricas de fertilizantes da Petrobras na Bahia e em Sergipe, o projecto atual é furar um processo de concorrência. Isso permitirá que empresas com experiência no setor disputem a operação das unidades, com transparência e eficiência. A Unigel, atual arrendatária, também poderá participar.
Uma tentativa anterior de retomar as operações por meio de um contrato direto com a Unigel foi descartada em seguida objeções internas no parecer e por risco de descumprimento de regras de governança. O TCU já apontou risco de prejuízo de R$ 487 milhões caso esse pacto seguisse adiante.
Fertilizantes são estratégicos para a soberania pátrio
A reativação das fábricas é estratégica para o Brasil, que é o quarto maior produtor agrícola do mundo, mas ainda depende fortemente de fertilizantes importados, mormente da Rússia, Canadá e China.
As fábricas de fertilizantes da Petrobras na Bahia e em Sergipe produzem ureia, amônia e outros insumos básicos para a cultivação. A retomada pode reduzir custos para os produtores e aumentar a competitividade da produção pátrio.
Expectativa é de decisão nas próximas semanas
A Petrobras ainda avalia as opções legais e operacionais para lançar o edital de contratação. Caso aprovada, a medida poderá viabilizar o retorno da produção já em 2025. O governo federalista acompanha de perto o processo, que se alinha ao projecto de retomada da industrialização e da soberania energética do país.
A decisão também pode fechar uma série de disputas com a Unigel, que hoje trava com a Petrobras processos de arbitragem relacionados ao contrato de arrendamento.
